Os Tiros de Guerra são uma experiência brasileira vigente desde 7 de setembro de 1902, quando Antônio Carlos Lopes fundou, na cidade de Rio Grande-RS, uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares e, depois de 1916, foram impulsionados pela pregação patriótica de Olavo Bilac - Patrono do Serviço Militar, sendo conseqüência, sobretudo, de um esforço comunitário municipal.
Os Tiros de Guerra (TG), são Órgãos de Formação da Reserva (OFR), que possibilitam a prestação do Serviço Militar Inicial, no município sede do TG, dos convocados não incorporados em Organização Militar da Ativa (OMA), de molde a atender à instrução, conciliando o trabalho e o estudo do cidadão.
Além de propiciar a prestação do serviço militar inicial, os TG devem:
- I - contribuir para estimular a interiorização e evitar o êxodo rural;
- II - constituir-se em pólos difusores do civismo, da cidadania e do patriotismo;
- III - colaborar em atividades complementares, mediante convênio com órgãos federais, estaduais e municipais, no funcionamento de ensino profissionalizante em suas dependências e na utilização das mesmas em práticas cívicas, esportivas e sociais, em benefício da comunidade local; e
- IV - mediante autorização dos Comandantes Militares de Área:
a) atuar na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e na Defesa Territorial;
b) participar na Defesa Civil; e
c) colaborar em projetos de Ação Comunitária.
Objetivo:
A instrução dos TG deve ter por objetivo a preparação de:
- I - munícipes conhecedores dos problemas locais, interessados nas aspirações e realizações de sua comunidade, e cidadãos integrados à realidade nacional;
- II - reservistas de 2ª Categoria (Combatente Básico de Força Territorial), aptos a desempenharem tarefas limitadas, na paz e na guerra, nos quadros de Defesa Territorial, GLO, Defesa Civil e Ação Comunitária; e
- III - líderes democratas, atentos aos ideais da nacionalidade brasileira e à defesa do Estado Democrático de Direito.